A Vida Segundo Marley e Eu
“Um cachorro não
precisa de carrões, casas grandes e nem um imenso estilo de vida. Um graveto
pra ele tá ótimo. Ele não se importa se você é esperto ou burro, chato ou
engraçado, feio ou bonito, rico ou pobre. Se der seu coração pra ele, ele lhe
dará o seu. De quantas pessoas você pode dizer isso? Quantas podem fazê-lo se
sentir extraordinário?!”
Pois é, será que dá pra contar
nos dedos de uma só mão quantas pessoas podem nos fazer sentir-se desse jeito?
Como se nós fossemos o suficiente, únicos e perfeitos? Nossas maiores bobagens
se transformarem em algo excepcional para alguém?
O John consegue transmitir
isso de uma forma genial em suas colunas diárias. Manuseia tão bem os pequenos
fatos cotidianos, que podemos nos identificar um tanto com ele todos os dias.
Acredito ser uma realização inexplicável saber que milhares de pessoas tiram 5
minutos do seu dia para ler um pouco de você. Rir com você, chorar com você,
dos às vezes insignificantes fatos do dia-a-dia. Algo que muitas vezes nem
percebemos. Estamos tão ocupados com a vida que segue intensa para podermos
prestar a atenção nas pequenas, mas bastante significantes peculiaridades de
nossas vidas.
Almejo um dia poder tocar
as pessoas dessa forma. Ver surgir à emoção nos olhares com apenas algumas
poucas palavras. Dizer alguma coisa para revigorar o dia tão estressante e
chato em alguns momentos. O John consegue nos contar o quanto a vida ao lado de
um ser tão banal como um labrador pode ser uma grande aventura. Viver assim
pode ser fantástico mesmo que não seja bem isso que você tenha escolhido para
si inicialmente. A vida pode te surpreender. O segredo é você saber reconhecer
isso e aproveitar.
Logo que saímos da
adolescência temos um leque de opções para um futuro espetacular, e ficamos exultantes
com o que sabemos que poderemos realizar. Mas é ai surge na sua vida o acaso: O
acaso de conhecer alguém interessante que aumenta consideravelmente a sua percepção
de mundo, o acaso de apesar de termos traçado fazer direto desde muito jovens,
por exemplo, é o curso de artes que arranca suspiros dos nossos lábios. O acaso
de estar doente e na saída do hospital você passar na frente de um prédio que
tem um petshop e neste petshop, naquele exato dia, tem uma feira de adoção de
cães e gatos. Ai você dá uma paradinha só pra admirar aqueles olhinhos lindos e
aquelas orelhas agitadas e tem um brilho especial que te chama à atenção. Você
vai até ele, o carrega no colo e pronto! Sabe que tem que levá-lo pra casa e o
Leva Mesmo! E esse pode ser o momento em que você escolheu mudar toda a sua
vida.
Aqueles planos de viajar pro
exterior, viver como mochileiro e fazer grandes coisas se vão, por que a vida
te deu outra opção e você a aceitou. Porém alguns instantes de frustração irão
existir e perguntaremos como poderia ter sido da outra forma. É nessa hora que
daremos uma boa olhada a nossa volta, analisando tudo o que temos, o que
construímos e nos damos conta: É isso que somos! E sempre seremos!
O que nos define de verdade são nossas escolhas e temos que nos agarrar a elas, seja lá o que elas nos tragam. Para todas as manhãs quando levantarmos e encararmos nosso reflexo, vamos nos lembrar de tudo o que passamos e sentiremos orgulho de nós mesmos. E pode haver mais contentamento que esse? Estar de bem consigo mesmo?
Siquara, Isabele 26/05/14
Siquara, Isabele 26/05/14
1 comentários:
Nem sempre as coisas saem como planejamos, mas geralmente são nesses imprevistos que achamos a graça na vida. Acho que seria tudo monótono se tudo fosse certinho, não saísse do controle...
Já faz um bom tempo que parei de ficar olhando para trás, remexendo o passado e tentando descobrir como as coisas estariam se eu tivesse tomado outro rumo, feito isso e não aquilo, dito sim em vez de não (e vice-e-versa) em várias situações. Porém, são coisas que nunca saberei. E o que importa, se hoje tudo está indo bem? Não troco meu presente por nada.
Em tudo na vida se resume a uma coisa: riscos. Temos que arriscar nas escolhas pra sabermos no que vai dar, e quando não temos coragem de tentar, pouca coisa significante adquirimos. Sem isso, você não vive, apenas fica num canto observando os outros viverem.
Isso de notar em cada pequeno detalhe faço todo dia. Tudo muda quando você pega uma conselho e põe em prática, em vez de apenas guardá-la na memória. Aliás, atitude é tudo, não?
Não sabemos quanto tempo temos de vida, então nada mais justo do que usufruir o máximo de cada dia, cada momento, cada detalhe, tudo.
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